Black Friday 2024: insights para o mercado brasileiro
A Black Friday 2024 ajudou a redefinir o cenário da indústria mobile no Brasil, com gigantes consolidados como Magazine Luiza, MercadoLivre e Amazon dominando os downloads, enquanto novos concorrentes ambiciosos, como Temu e SHEIN, desafiaram o status quo. No centro dessa transformação estão os aplicativos. Mais do que um canal de vendas, os apps são ferramentas estratégicas para construir fidelidade, impulsionar compras recorrentes e oferecer experiências de compra altamente personalizadas.
Desde o crescimento anual (YoY) de mais de 150 mil downloads de Magazine Luiza até a ascensão meteórica do Temu ao 5º lugar no ranking de apps, a Black Friday 2024 provou que uma estratégia de aplicativos bem executada pode definir o sucesso no competitivo mercado de eCommerce do Brasil. A análise da AppsFlyer sobre mais de 90 apps de compras e eCommerce revela as tendências, desafios e oportunidades que os profissionais de marketing devem enfrentar para garantir resultados incríveis.
Crescimento de instalações: como iOS e Android definem o sucesso na Black Friday
As instalações não orgânicas cresceram 25% YoY durante a Black Friday 2024, impulsionadas por campanhas estratégicas de aquisição paga. O iOS se destacou com um aumento extraordinário de 170% YoY em instalações não orgânicas, confirmando seu papel como a plataforma ideal para atrair usuários de alto valor. Já o Android registrou um crescimento constante de 11%, indicando a necessidade de estratégias mais direcionadas para explorar todo o seu potencial.
Essa performance específica por plataforma destaca a importância do uso de insights para atender às expectativas dos usuários. Profissionais de marketing no Brasil que alinharem suas campanhas com os pontos fortes de cada plataforma estarão melhor posicionados para impulsionar engajamento e conversões.
Tendências de receita: além dos picos da Black Friday
Embora a receita de compras no app tenha disparado na Black Friday em comparação com uma sexta-feira normal de novembro — aumento de 279% no Android e 242% no iOS — os resultados YoY foram menos consistentes. A receita no Android caiu 16%, enquanto no iOS ela permaneceu estável, destacando os desafios de manter um crescimento YoY de longo prazo em um mercado em amadurecimento.
A lição? Promoções que se baseiam apenas em preço já não são suficientes. Os profissionais precisam inovar com ofertas personalizadas e incentivos focados na fidelidade para reter clientes e garantir compras recorrentes.
Remarketing: transformando usuários inativos em compradores
Campanhas de remarketing resultaram em um aumento de 53% YoY nas conversões, comprovando seu valor na reativação de usuários inativos e na maximização das bases de clientes existentes. Ou seja, usuários que já demonstraram interesse em um app têm maior probabilidade de responder positivamente a promoções, exigindo menos esforço de convencimento em comparação com novos usuários. Com os custos de aquisição aumentando cada vez mais no mercado competitivo brasileiro, o remarketing se torna essencial.
O retargeting personalizado — como ofertas exclusivas para usuários inativos ou benefícios de fidelidade para clientes recorrentes — pode gerar retornos excepcionais durante períodos de compras de alta intenção, como a Black Friday.
Por que a Black Friday começa cada vez mais cedo
As promoções da Black Friday começam cada vez mais cedo, e 2024 não foi exceção. Os profissionais de marketing no Brasil começaram suas campanhas bem antes de novembro, aproveitando CPIs mais baixos e construindo uma base sólida de usuários antes da correria de fim de ano.
Essa estratégia não só reduz a competição durante os períodos de pico de anúncios, como também garante que as marcas cheguem à Black Friday com um público engajado e pronto para converter. O engajamento antecipado agora é um pilar do planejamento bem-sucedido da Black Friday.
Olhando para o futuro: a evolução da Black Friday no Brasil
A Black Friday 2024 destacou o poder dos aplicativos como ferramentas de engajamento e crescimento. Líderes consolidados, como a Magazine Luiza, demonstraram a força das estratégias de fidelização, enquanto novos entrantes, como o Temu, reescreveram as regras com campanhas agressivas de aquisição.
À medida que a competição se intensifica, os profissionais de marketing brasileiros devem focar em inovação, remarketing e experiências personalizadas nos apps para se manterem competitivos. Os aplicativos não são mais opcionais — são essenciais para impulsionar a fidelidade e sustentar o crescimento em um dos mercados de comércio mobile mais dinâmicos do mundo.
Ao adotar estratégias baseadas em dados e abraçar o cenário varejista em evolução, as marcas no Brasil estão preparadas para estabelecer novos marcos de sucesso em 2025 e além.