The State of eCommerce App Marketing – edição de 2024

Em colaboração com
Google
Bazzarvoice
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Descobertas

Aumento de 15% nos gastos dos consumidores em Q4 2023 vs. 2022 O iOS lidera o crescimento de mercado, registrando um salto de 21% em compras in-app em Q4 2023, impulsionado por uma recuperação na economia e superando o crescimento de 9% do Android.
60% dos usuários que fazem uma primeira compra fazem novas compras Considerando que menos de 10% dos usuários que instalam um app se convertem em clientes ativos, garantir a primeira compra é fundamental para impulsionar a fidelização, pois 60% desses clientes fazem pelo menos mais uma compra.
iOS responsável por US$6,6 bilhões em ad spend de UA e remarketing em 2023 Observamos um salto de 43% nos orçamentos de aquisição de usuários na plataforma, em contraste com a queda de 18% no Android. Os EUA continuam a atrair a maior parte desse investimentos, totalizando US$1,27 bilhões no iOS, e US$1,23 bilhões no Android.
60% de aumento em instalações não-orgânicas (NOIs) no iOS em Q4 2023 vs. 2022 A recuperação econômica e o aumento na confiança na mensuração foram responsáveis por gerar um aumento no ad spend e, consequentemente, levar a um aumento em instalações impulsionadas por marketing no iOS; também observamos um salto de 21% em NOIs no Android causado por uma queda no CPI.
Grandes players asiáticos levam a um salto de 125% em NOIs no iOS em Q2 e Q3 2023 Um push massivo de marketing afetou os padrões de instalação sazonais no iOS nos principais mercados globais, tendência que se expandiu para o Japão, Brasil e Arábia Saudita, levando a um salto em NOIs em Q1 2024.
19% de aumento em remarketing pago em Q4 2023 vs. 2022 Outro sinal de recuperação: o remarketing pago está crescendo em diferentes plataformas, quase dobrando em Q4 no iOS (+35%) em comparação com o Android (+17%). Também observamos um aumento de 21% em Q1 2024 em comparação com o ano anterior.
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Introdução

De olho na fidelidade com o crescimento observado em 2023

Aplicativos de eCommerce tiveram um bom crescimento em 2023, principalmente entre usuários do iOS. Observamos melhoras significativas em diversas métricas, incluindo downloads, conversões de remarketing e número de transações – uma tendência que segue presente em 2024. O ad spend também aumentou, especialmente no iOS, enquanto o Android registrou aumentos na maioria dos países, mas uma queda em seus dois principais mercados, Índia e Brasil.

O aumento da atividade no iOS foi impulsionado por três fatores principais:

  1. A recuperação econômica geral, que levou a um aumento nas despesas de consumo e investimentos em anúncios.
  2. Um foco renovado em usuários de iPhone, que normalmente apresentam um elevado poder de compra, em meio a uma maior confiança na mensuração com as novas diretrizes de privacidade.
  3. Investimentos substanciais de aplicativos asiáticos em campanhas de anúncios – esforços que geraram um grande volume de instalações nos principais mercados globais, que mais tarde se traduziram em uma audiência significativa de consumidores fiéis.

Outra mudança importante foi o foco em campanhas de reengajamento pagas – uma reviravolta em relação ao ano anterior, no qual o foco eram as estratégias de mídias próprias.

Com a intensa concorrência característica do mercado mobile, os profissionais de marketing estão reavaliando suas estratégias e aumentando seus orçamentos para atrair a atenção dos usuários. À medida que nos aproximamos das festas de final de ano de 2024, vemos que a indústria continua evoluindo. Assim, estar atento a essas mudanças é fundamental para marcas que desejam conquistar uma vantagem competitiva.

A edição de 2024 do The State of eCommerce App Marketing oferece insights para ajudar diferentes empresas de eCommerce a navegar com sucesso por essas mudanças. Considerando as tendências atuais, agora é a hora de implementar estratégias de aquisição e remarketing, focando em programas de fidelidade ambiciosos para impulsionar a receita e o lifetime value dos seus clientes.

Amostra de dados *

1.600 Apps de eCommerce (excluindo marketplaces e supermercados) com pelo menos 3.200 instalações por mês e por país
4,6 bilhões Downloads de apps de eCommerce entre outubro de 2022 e abril de 2024
21,5 bilhões Conversões de remarketing entre outubro de 2022 e abril de 2024 (19 B pagas, 2,5 B próprias)

* Todos os resultados se baseiam em dados totalmente anônimos e agregados. Para garantir a validade estatística, seguimos rigorosas metodologias e limites de volume. Assim, somente apresentamos dados que correspondem às condições estabelecidas. Quando os dados padronizados são exibidos, a porcentagem de cada mês em relação ao total de todo o período é mostrada como uma tendência.


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Tendências

Os gastos dos consumidores continuam a subir de forma constante

Depois de um 2022 difícil, o eCommerce passou a registrar um crescimento saudável desde março de 2023. Os dados de comparação anual revelam que as compras in-app (IAP) registraram um aumento substancial de 15% no quarto trimestre de 2023 em comparação com o ano anterior. Além disso, essa dinâmica de crescimento se manteve no primeiro trimestre de 2024, chegando a +21%. Essa tendência crescente constitui uma prova sólida da expansão contínua dessa vertical.

Quando olhamos para a linha do tempo, a sazonalidade dos comportamentos de compra fica evidente, com o quarto trimestre demonstrando um aumento sazonal consistente em IAPs. Esse padrão se manteve estável tanto no iOS quanto no Android, confirmando um pico previsível nos gastos dos consumidores ao final de cada ano.

Curiosamente, o período de março a junho de 2023 trouxe um pico inesperado de IAPs em mercados específicos como o Reino Unido e a França. Aparentemente, esse aumento pode ser atribuído aos esforços de marketing de grandes aplicativos asiáticos e um aumento no engajamento dos usuários. Essa dinâmica levou a um aumento notável, porém temporário, nos gastos dos consumidores, refletindo o poderoso impacto do marketing pago all-in.

Como vimos acima, a porcentagem de usuários pagantes aumentou 12% em ambas as plataformas durante a alta temporada, especialmente no Brasil, Estados Unidos e Índia (no Android).

Receita de compras in-app por plataforma (padronizada)


Primeira compra: essencial para conquistar mais usuários fidelizados

O aumento da concorrência fica ainda mais evidente quando olhamos para a parcela de usuários que de fato fazem uma compra entre o total de pessoas que instalam um app. No geral, apenas 1 a cada 10 usuários é convertido, e esse dado corresponde apenas aos números de iOS na época de alta. Em épocas de baixa, os números podem cair para abaixo dos 5%.

No entanto, assim que os usuários ultrapassam essa linha, quase 60% deles se tornam consumidores fiéis (que fazem pelo menos duas compras). Ou seja, o aplicativo mobile é um canal poderoso para garantir a fidelidade, pois esses usuários possuem um maior grau de interesse e engajamento.

Considerando isso, o tempo decorrido entre a instalação e a compra deve ser avaliado com cuidado. Segundo os nossos dados, o usuário médio faz a primeira compra em 3,6 dias após a instalação – sem diferenças significativas entre os números do iOS e do Android.

Assim, as ativações de remarketing devem focar na primeira semana após a instalação para converter o maior número possível de usuários. Os profissionais de marketing estão seguindo essa estratégia, redobrando seus esforços durante o primeiro dia com 40% de conversões (quando um usuário clica em um anúncio de remarketing e abre o app), e mais de 75% durante a primeira semana. Em média, em um período de 30 dias, a primeira conversão de remarketing pago é registrada em 2,5 dias após a instalação.

Em seguida, verificamos que ocorre uma segunda compra 10 dias após a instalação. Para garantir que essa compra seja efetivada, os profissionais de marketing devem explorar a possibilidade de aumentar seu investimento em remarketing durante esse período.

Porcentagem de usuários pagantes por plataforma (30 dias após a instalação)

Usuários pagantes e tempo de compra por número de compras


Avanço da aquisição de usuários no iOS nos principais mercados globais

Diversos aplicativos asiáticos lançaram campanhas de marketing ambiciosas em grandes mercados ocidentais, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e França, desafiando o aumento de instalações típico observado entre apps desses países durante as festas de final de ano.

Essa dinâmica não desacelerou no primeiro trimestre de 2024: os apps que dominaram esse mercados também começaram a avançar no Japão, Brasil e Arábia Saudita. Esses mercados têm uma coisa em comum: geralmente, seus usuários do iOS têm mais dinheiro para gastar.

Os players asiáticos também conseguiram atrair mais usuários que fazem compras recorrentes por mês do que grandes marcas estabelecidas, embora eles ainda tenham um longo caminho a percorrer para alcançar gigantes como a Amazon e o Walmart. Ainda assim, será que a conexão entre as estratégias de produtos de baixo custo com compradores mais econômicos se transformará em uma relação duradoura? Apesar da atual preocupação com a privacidade, o fascínio das grandes ofertas continua a atrair multidões, preparando o terreno para um confronto entre o apelo de bons preços e a fidelidade à marca.

Olhando para o resto de 2024, tudo indica que essa briga só ficará mais acirrada. Esses aplicativos vieram para ficar e estão se preparando para apostar uma corrida pelo seu dinheiro, principalmente com a aproximação das festas de final de ano. Muitos players podem ser impactados, até mesmo os concorrentes indiretos cuja oferta é muito diferente – o aumento da concorrência não terá um impacto somente na atenção dos consumidores, mas também nos custos de mídia, que deverão aumentar.

Instalação por plataforma (padronizada)


US$ 6,6 bilhões em ad spend, impulsionado por um aumento de 43% no iOS

O mercado global de aplicativos recebeu uma generosa injeção de dinheiro em 2023. Observamos um total de investimentos em instalações de aplicativos impressionante, de 6,6 bilhões de dólares, com as plataformas do iOS liderando esse número com 2,9 bilhões de dólares, apesar de um market share de apenas 15-20%.

No entanto, as distribuições de orçamentos entre o Android e o iOS são significativamente distintos. O Android registrou um corte de 18% no ad spend entre 2022 e 2023, enquanto o iOS teve um aumento robusto de 43%. O aumento nos gastos também levou a um aumento no CPI, o que se traduziu em custos de instalação globalmente mais elevados no iOS.

Analisando a geografia dos investimentos em aplicativos, os EUA e os principais países da Europa Ocidental, como Reino Unido, França e Alemanha, dominaram o cenário mundial. Isso se deve principalmente às taxas de custo por instalação (CPI) mais altas dessas regiões, que contrastam diretamente com CPIs mais modestos de mercados emergentes.

Esse salto no ad spend no iOS aponta para a confiança dos profissionais de marketing nessa plataforma. Considerando que os usuários do iOS geralmente gastam mais dinheiro e que a plataforma oferece uma experiência premium, o investimento em anúncios nesse sistema passou a ser visto como uma medida estratégica.

Tudo isso destaca ainda mais a capacidade da plataforma de atrair um engajamento de qualidade, tornando-a uma das principais escolhas para profissionais que desejam maximizar seu alcance e impacto.

Investimentos em anúncios de instalação em 2023, por país *  

* Os gastos são calculados multiplicando o número de instalações não-orgânicas pelo custo por instalação e, em seguida, consideramos os dados de market share da data.ai para apps de compras por país; Instalações não-orgânicas do iOS são calculadas com base nas instalações de atribuição tradicionais multiplicadas por um fator do Single Source of Truth (SSOT) da AppsFlyer, que combina as instalações da SKAdNetwork e, em seguida, realiza a desduplicação. 

Custo por instalação global, por plataforma (em dólares)


Crescimento econômico leva a um salto em remarketing, mesmo no iOS

Com a melhora da economia ao longo de 2023, os profissionais de marketing se mostraram mais dispostos a aumentar seus investimentos. Em contraste com 2022, quando os orçamentos apertados os levaram a optar por canais de mídias próprias rentáveis em seus esforços de remarketing, a melhoria das condições econômicas no último ano resultou em uma mudança significativa para o remarketing pago.

Além do aumento dos orçamentos, essa mudança também sinalizou uma recuperação econômica, permitindo que os anunciantes engajem mais ativamente as suas audiências, o que, por sua vez, aumenta as conversões de marketing pago.

O cenário do remarketing no iOS também passou por profundas transformações com a evolução do uso de dados no nível do usuário. O lançamento do iOS 14.5 e suas rigorosas medidas de privacidade levaram a uma queda acentuada de 65% nas conversões de remarketing, que durou até março de 2023. Mas, no final do ano, observamos uma reviravolta impressionante, com um aumento de 103% em conversões.

Apesar da perda de acesso ao IDFA, o remarketing no iOS ainda funciona em grandes plataformas, a depender da taxa de correspondência – ou seja, quantos usuários a plataforma consegue reconhecer. Ao combinar o IDFA de usuários que consentem com o rastreamento (cerca de 25%), cadastros de e-mail e até números de telefone, a taxa de correspondência pode ser bastante alta. Assim, é fundamental fazer a coleta desses sinais de dados first-party para um remarketing de sucesso no iOS.

Conversões de remarketing por tipo (padronizada) 


Insights granulares: a nova fronteira da IA

Se tem uma coisa que podemos afirmar sobre o ecossistema atual é que a privacidade reina e os dados são escassos. Por isso, os profissionais de marketing de eCommerce precisam ser criativos. Mesmo com as leis de privacidade rigorosas dificultando a coleta de dados de fundo de funil, agora existe uma mina de ouro de insights no início da jornada do cliente – isso graças à IA. Os profissionais de marketing estão explorando esses dados de topo de funil e focando nos detalhes de elementos criativos, como textos, cores e fundos.

A capacidade de mensurar o impacto das nuances criativas é um divisor de águas. Com a IA, podemos ir mais fundo, analisando as especificidades de um anúncio para entender exatamente quais são os elementos que de fato geram resultados. Essa abordagem permite que os profissionais de marketing sejam extremamente detalhados e avaliem tudo, desde os tipos de cena até aos elementos de design individuais, para entender o que realmente impulsiona sua performance.

Dados de aplicativos das mais variadas verticais (com a exceção de jogos) revelam, por exemplo, que anúncios com conteúdos gerados pelos usuários (UGCs) resultam em um aumento de 22% na taxa de instalação por mil (IPM) nas plataformas sociais. Além disso, anúncios com imagens reais têm uma performance 15% melhor do que os anúncios com animações. Por isso, é crucial adotar uma abordagem granular em sua mensuração. Insights detalhados da análise de criativos oferecem aos profissionais de marketing uma base sólida para melhorar as suas estratégias.

IPM de diferentes verticais por tipo de criativos (exceto games): análise de cenas com IA


Retail media terá um crescimento impressionante

Com os anunciantes prontos para aumentar seus investimentos em Retail Media Networks (RMN), a retail media está à beira de um grande boom. Olhando para 2024-2028, o eMarketer prevê o dobro de aumento no ad spend de retail media, com a expectativa de que essa taxa de crescimento se estabilize ao longo do tempo. Os anunciantes estão confiantes em relação a esse canal, sendo que 73% deles planejam aumentar seus orçamentos de RMN no próximo ano. Além disso, prevê-se que um valor considerável – 1 dólar para cada cada 6 dólares gastos em anúncios digitais – será investido nesse tipo de mídia.

O que está por trás dessa ascensão? Uma combinação inteligente de gestão, utilização e rentabilização de dados first-party de forma confiável e em conformidade com as normas de privacidade. As marcas estão cada vez mais experientes em sistemas inovadores de colaboração de dados, que permitem que elas compartilhem seus próprios dados de forma segura para criar, otimizar e mensurar audiências segmentadas.

Para publishers, a retail media está evoluindo como uma fonte significativa de receita através da monetização direta de dados first-party. Os anunciantes encaram isso como uma carta na manga, utilizando dados first-party de outras marcas para impulsionar seu crescimento em diferentes plataformas. Todos esses fatores estão se alinhando para impulsionar a influência e a relevância desse novo canal.

eMarketer: ad spend em retail media (global, 2024-2028)


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Q&A com experts

google logo LEE JONES, MANAGING DIRECTOR, APP ADS DA GOOGLE

Qual é a sua expectativa para as festas de final de ano de 2024 quanto ao comportamento dos consumidores, considerando a recuperação econômica? Como você acha que isso afetará os anunciantes?

Embora os usuários estejam cada vez mais cuidadosos com seus gastos, eles ainda fazem muitas compras durante as festas de final de ano. O que observamos é que, conforme as festas se aproximam, os clientes passam por diferentes mindsets: consciente, em busca de ofertas, determinado e devotado.

– Consciente: quase três quartos das compras feitas entre outubro de 2023 e janeiro de 2024 foram realizadas após uma pesquisa cuidadosa (Google/Ipsos, Global Holiday Shopping Study, out. 2023 – jan. 2024).

– Em busca de ofertas: 75% dos usuários online afirmam que ficam de olho em promoções durante a temporada de festas (Google/Ipsos, Global Consumer Continuous Study, ago. 2023).

– Determinado: no ano passado, os clientes concluíram menos da metade (43%) das suas compras de festas até dezembro (Google/Ipsos, Global Holiday Shopping Study, out. 2023 – jan. 2024).

– Devotado: 1 a cada 5 compras foram feitas usando pontos de fidelidade (Google/Ipsos, Global Holiday Shopping Study, out. 2023 – jan. 2024).

Em cada mindset, os consumidores têm necessidades específicas que, quando atendidas, fazem com que eles se sintam mais confiantes em suas decisões, aumentando sua intenção de compra. Uma das melhores maneiras de adaptar a sua estratégia de marketing a esses mindsets é usar o touchpoint certo no momento certo. Nesse caso, é importante usar um mix de canais diversificados e dobrar os esforços do seu aplicativo junto com seus outros canais.

Por exemplo:

– Consciente: 93% dos varejistas afirmam que seus clientes usam o aplicativo dentro de suas lojas enquanto estão comprando. Assim, promover o seu app pode ajudar a transformar essa pesquisa em uma ação (Google/Ipsos, EUA, Reino Unido, Alemanha, App Retail Study, mar. 2023).

– Em busca de ofertas/devotado: o app é uma ótima forma de otimizar e ampliar sua base de clientes fidelizados, pois 78% dos usuários baixam um aplicativo para realizar ações que oferecem recompensas por sua fidelidade. Por exemplo, para ganhar pontos/recompensas, receber cupons e descontos, fazer compras frequentes e adquirir ofertas exclusivas (Google/Greenberg, mApp vs. mWeb, EUA, 2021).

Estamos em um momento cheio de mudanças, com a ascensão da IA, a perda de acesso aos identificadores e mais regulações de privacidade. Como lidar com tudo isso de forma eficaz?

Em um mundo no qual os consumidores estão sempre passando de um dispositivo para o outro e são menos fieis às marcas, a melhor vantagem competitiva que podemos ter é a conexão com nossos clientes.

No entanto, a maioria dos varejistas (82% e 85%) concordam que os clientes de aplicativos tendem a fazer mais compras repetidas e são mais leais do que clientes que não usam o app (Google/Kantar, US, CA, UK, DE, JP, IN, AU, BR, Mar – Jun 2022) e estão mais dispostos a compartilhar seus dados fisrt-party (Google/MTM, Winning Apps, 2023). 

Ou seja, essa é a sua oportunidade de solidificar e comprovar o papel do seu marketing como uma forma de gerar lucro e colocar a IA para trabalhar para o seu negócio, otimizando todos os touchpoints dos seus clientes e usando o app para ampliar a sua lucratividade e crescimento de longo prazo.

No entanto, embora nossa função como profissionais de marketing seja, em essência, a mesma — gerar um crescimento lucrativo e estabelecer a relevância da nossa marca — nossas estratégias estão mudando. Por exemplo, quando usamos a IA do Google, a relevância dos resultados obtidos depende da qualidade dos dados. Isso também é válido para todos os canais e dispositivos nos quais você usa a IA. Quanto mais conexões você tem com seus clientes, mais você consegue melhorar as suas campanhas, o que se reflete diretamente na performance do seu marketing.

Com as festas de final de ano logo aí, como as marcas devem adaptar sua publicidade e quais ferramentas do Google elas podem usar?

Para impulsionar seu ROI, os profissionais de marketing devem abraçar uma abordagem holística à jornada do usuário. Ou seja, é necessário alcançar a sua audiência em todas as plataformas – web, app e desktop.

Para isso, desenvolvemos um modelo de 3 passos que devem ser seguidos por todos os anunciantes que possuem um app: mensurar, otimizar e expandir.

Começando com o rastreio de conversões em campanhas da web e do app, os anunciantes conseguem reconhecer o poder das conversões do app e otimizá-las com o deep linking, bidding e recurso de rastreamento Web to App Connect do Google.

Depois de testar esse modelo com os anunciantes, vimos que com o aumento do investimento em App campaigns for installs (ACi), os anunciantes que usam o Web to App Connect (W2AC) conseguem alcançar uma média de aumento de 21% no ROI de campanhas na web (Google Data, Global divisions, out – dez 2022). Aqui você encontra as melhores práticas para realizar App campaigns for installs junto com campanhas na web.

Por fim, para anunciantes de varejo, recomendamos que eles adotem recursos específicos para anúncios de varejo do Google, como os feeds de compras, que levam a um aumento de 14% na taxa de click-through (Google Data, Global divisions, fev. 2023), e ajustes de sazonalidade com nossas App campaigns for install no período de pico, para maximizar a performance das suas campanhas.

Como você recomenda que seja feita a distribuição de orçamento entre a aquisição de usuários e o reengajamento (pago e próprio) para as festas de final de ano?

Voltando para a jornada multi-touch dos clientes, os profissionais de marketing devem focar em como as campanhas de aquisição e de engajamento podem ser feitas em conjunto, em vez de tentar analisá-las separadamente. Os clientes não prestam atenção nos canais, então por que você deveria fazer isso?

O que observamos com clientes de varejo é que estratégias de App campaigns for installs e Performance Max/Search se complementam.

App campaigns for installs são as únicas campanhas do Google Ads que conseguem otimizar instalações de aplicativos e que se comprovaram eficazes para a aquisição de usuários, enquanto campanhas na web como Performance Max e Search são eficazes para o reengajamento, principalmente quando conectadas através de recursos como o Web to App Connect. 

Temos dois exemplos do efeito positivo dessas campanhas: primeiro, o caso da Adidas, que conseguiu lidar com segmentações organizacionais, de mensuração e de campanha e agora possui um ROAS de Search e Performance Max 2,4x maior, graças ao seu investimento em Web to App Connect and App campaigns. O segundo caso é o da G-star RAW, que possui um ROAS de Performance Max 450% maior, obtido através de investimentos em App campaigns for installs (ACi).

Como podemos abrir essa conversa com empresas que possuem equipes de marketing separadas para o app e a web?

Todas as equipes têm focos específicos em KPIs e benchmarks. Então, para uni-las, também é ncessário unir seus orçamentos e KPIs.

O primeiro passo é trabalhar com KPIs combinados, sem dividi-los em diferentes campanhas (aquisição, engajamento) ou canais (web, app). Isso permite a colaboração entre diferentes equipes, abrindo caminho para uma estratégia holística de sucesso.

Um bom exemplo disso é um dos nossos principais clientes globais de varejo, que mudou completamente a forma como ele olha para sua performance no app e na web ao focar no Average Revenue Per User (ARPU) tanto na web quanto no app. Com isso, foi possível gerar mais receita com um custo de venda menor através do app, mesmo com as condições econômicas difíceis. Isso levou a um ROAS 10x maior e uma taxa de conversão 11x maior do que na web.
bazzarvoice Maya Levin, Gerente, Growth Marketing da Bazaarvoice

Qual é a sua estratégia para combinar atividades de aquisição e de remarketing no geral e, mais especificamente, durante as festas de final de ano?

Na Influenster, gostamos de manter a simplicidade, destacando a nossa principal proposta de valor sem nenhum efeito especial – você se cadastra, ganha brindes gratuitos e pronto!

Isso não muda durante as festas de final de ano, mas gostamos de mostrar itens gratuitos que você também pode dar de presente. Começamos em outubro, quando compartilhamos nosso cronograma de programas para que nossos clientes consigam resgatar o máximo de produtos gratuitos possível.

Para o remarketing, focamos em relembrar nossos usuários de que a nossa marca existe E de que eles precisam verificar se os seus interesses estão atualizados, para que possamos enviar os produtos gratuitos que eles de fato gostam. Por exemplo, você acabou de adotar um cachorro mas não atualizou isso em nosso app? Você pode acabar perdendo a chance de receber petiscos incríveis.

Quais desafios você prevê para a próxima temporada de festas e como eles podem ser superados?

A cada temporada de compras, uma nova batalha começa – os profissionais brigam pela sua atenção e você, que só quer continuar navegando pelo seu feed, é bombardeado com pushs orgânicos, pagos, publicações pagas disfarçadas de orgânicas…

A aquisição deveria ser uma preocupação durante o ano todo, e é importante deixar de focar somente em vendas e conversões – para focar em estabelecer uma relação de confiança. Se você cria essa confiança em abril e lembra os seus usuários que você está ali em novembro, há uma chance maior de atrair a sua atenção durante as festas de final de ano.

Sobre a sua estratégia de diversificação de mídias: você usa um mix de canais para levar os usuários ao app? E você testa novos canais?

Nosso público-alvo é composto de qualquer pessoa que goste de ganhar coisas gratuitas, que basicamente é *todo mundo*. Por isso, combinamos anúncios de redes sociais em plataformas como Meta e Tiktok, ACi no Google, cuidamos das nossas vitrines na Apple e no Google Play e compartilhamos novidades com nossos seguidores em nossos canais orgânicos.

Não estamos em todas as plataformas que existem. Nossa extratégia é a seguinte: criamos personas segmentadas e pensamos sobre onde podemos encontrá-las. Depois, testamos diferentes canais e mensagens para encontrar a melhor cobertura, que ofereça uma boa exposição de marca e métricas de conversão rentáveis.

A fidelidade dos clientes é importante para a sua empresa? Ela se tornou mais importante do que no passado? Se sim, por quê?

A fidelidade sempre foi fundamental e continuará sendo um dos nossos principais objetivos. Fidelidade significa confiança – e, se a sua marca é considerada honesta, justa, demonstrando que ela se importa com seus clientes, então além dos seus membros continuarem usando o seu produto, eles se tornarão defensores da marca e compartilharão suas vantagens com seus amigos.

Quais são as principais tendências de design e mensuração de criativos? Que tipos de criativos são particularmente eficazes?

Somos fãs de peças clássicas e atemporais, que atraem todos os tipos de pessoas – vídeos que mostram nosso produto e como ele torna a sua vida mais fácil! Momentos que te fazem ficar feliz, como quando você recebe uma caixa cheia de produtos gratuitos, ou quando você dá um presente especial para uma pessoa querida.

Para mensurar nossa performance e tomar decisões para nossas próximas peças, combinamos insights de plataformas de marketing, da AppsFlyer e do Mixpanel, nossa ferramenta de BI, para ter uma visão praticamente perfeita.

Você usa alguma ferramenta de IA para a otimização e mensuração de criativos? Na sua opinião, quais aspectos da IA deixam a desejar?

A IA está em todos os lugares e ela é super útil, se você souber usá-la. Para aproveitá-la ao máximo, eu sugiro que ela seja incorporada em tarefas diárias e seja alimentada constantemente – com métricas de topo de funil, de fundo de funil, performance de anúncios, uso do aplicativo, tudo. Treine-a para que ela seja como aquele amigo que sempre dá os melhores conselhos.

Se você realizou campanhas festivas no passado, analise seus resultados, crie uma tendência anual e identifique seus pontos fortes e fracos. Analise seus dados brutos e peça ao seu agente de IA para analisá-los também. Você e a ferramenta chegam a conslusões parecidas? Você descobriu uma nova oportunidade de teste?

Eu recomendo que você use a IA como uma solução rápida para criar anúncios. Por exemplo: “Ei 4.0, crie um anúncio de um rímel gratuito para pessoas que se cadastram na Influenster”‘. Sim, a ferramenta provavelmente usará alguma frase de efeito cativante, mas ela se baseia em insights anteriores? Essa resposta faz sentido para a *sua* audiência?
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Principais conclusões

Background
Comece a fazer boas escolhas baseadas em dados